Adoção no Brasil: regras, processo e dúvidas comuns

Mãe abraçando duas crianças adotadas, representando o acolhimento e o amor no processo de adoção no Brasil.
A adoção transforma vidas e proporciona um lar cheio de amor e segurança para crianças e adolescentes.

Adoção no Brasil é um ato jurídico e afetivo que transforma a vida de crianças, adolescentes e famílias. O processo de adoção é regulado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Lei Nacional de Adoção, garantindo segurança e legalidade para quem deseja acolher.

O que é adoção no Brasil

A adoção é a integração legal e definitiva de uma criança ou adolescente em uma nova família. Após a sentença judicial, o adotado passa a ter os mesmos direitos de um filho biológico, incluindo nome, herança e vínculo familiar.

Segundo o ECA, a adoção é irrevogável, protegendo a estabilidade da criança e do adolescente.

Quem pode adotar

Qualquer pessoa maior de 18 anos pode adotar, independentemente do estado civil. Os requisitos principais são:

  • Ter pelo menos 18 anos.
  • Ter uma diferença mínima de 16 anos em relação ao adotado.
  • Apresentar condições emocionais e materiais para o cuidado.
  • Realizar cadastro no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA).

Casais homoafetivos, pessoas solteiras, viúvas ou divorciadas também podem adotar. Existe ainda a adoção unilateral, em que o padrasto ou madrasta formaliza o vínculo com o enteado.

Leia também: Como formalizar a adoção unilateral pelo padrasto ou madrasta?

Documentos necessários

Os principais documentos são:

  • RG e CPF
  • Comprovante de residência
  • Certidões de nascimento ou casamento
  • Comprovante de renda
  • Certidão negativa de antecedentes criminais
  • Atestado de saúde física e mental

A lista pode variar conforme o Tribunal de Justiça de cada estado.

Etapas do processo de adoção

  1. Cadastro no SNA: inscrição obrigatória.
  2. Entrega de documentos: protocolados na Vara da Infância e Juventude.
  3. Avaliação psicossocial e jurídica: entrevistas e visitas domiciliares.
  4. Curso preparatório: etapa de formação obrigatória.
  5. Habilitação judicial: o juiz autoriza a inclusão no cadastro.
  6. Apresentação da criança: quando há compatibilidade de perfil.
  7. Estágio de convivência: período supervisionado de adaptação.
  8. Sentença de adoção: oficializa a nova filiação.

Saiba mais: Adoção por Casais Homoafetivos: etapas, direitos e desafios

Quanto tempo demora a adoção

Não existe prazo fixo. O tempo depende do perfil da criança desejada e da realidade de cada comarca. Perfis mais amplos (irmãos, crianças mais velhas, com deficiência) costumam reduzir a fila de espera.

Leia também: Adoção Tardia: vale a pena adotar crianças acima de 7 anos?

Custos da adoção

A adoção é gratuita no Brasil. Não há cobrança de custas judiciais. Os únicos custos possíveis estão relacionados a documentos ou certidões.

Riscos e cuidados

  • Adoção à brasileira (sem processo judicial) é crime e pode gerar responsabilização penal e perda da guarda.
  • Seguir o trâmite legal garante segurança para a criança e para a família.

Leia: Adoção à Brasileira é Crime? Entenda os Riscos e Consequências

Perguntas frequentes sobre adoção

Pessoas solteiras podem adotar?

Sim, desde que atendam aos requisitos legais e sejam habilitadas no SNA.

Existe idade máxima para adotar?

Não há limite máximo na lei. O juiz avalia caso a caso.

O processo de adoção é pago?

Não. O processo é gratuito, salvo custos de certidões.

Posso escolher o perfil da criança?

Sim, mas quanto mais restrito o perfil, maior pode ser o tempo de espera.

Crianças com deficiência podem ser adotadas?

Sim. O processo é o mesmo, mas pode exigir adaptações e recursos extras.

Conclusão

A adoção no Brasil é um processo legal cuidadoso, que busca assegurar o melhor interesse da criança e do adolescente. Cada etapa exige responsabilidade, mas resulta em uma nova família protegida pela lei.

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